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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Pascoa

"Observem o mês de Abibe e celebrem a Páscoa do Senhor teu Deus,
pois no mês de Abibe tirou-te Adonai teu Deus do Egito”
(Deuteronômio16:1)

“Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: As festas fixas de Jeová, que proclamarem serem santas convocações,serão as minhas festas fixas.
Seis dias trabalho se fará; porém ao sétimo dia é um sábado de descanso solone, santa convocação: não fareis nenhum trabalho; é sábado de Jeová em todas as vossas moradas.
Estas são as festas fixas de Jeová, santas convocações que proclamareis no seu tempo determinado. No primeiro mês, aos quatorze dias do mês, à tardinha, é a Páscoa de Jeová”

(Leviticos 23. 2-5)

O SENTIDO CRISTÃO DA PÁSCOA

A palavra PÁSCOA significa “passagem”, tanto para os judeus quanto para os Cristãos.
No sentido Judaico, a Páscoa (Êxodo 12:18,19; 13:3-10) é a comemoração da saída do povo de Israel da escravidão do Egito. Começa no décimo quarto, à tarde- isto é, no princípio de décimo quinto dia de Abide ou Nisã, com a refeição sacrificial, quando um cordeiro ou um cabrito inteiro era assado e comido pelos membros da família com ervas amargas e pães ázimos (sem fermento); nessa ocasião o chefe da família contava a história da redenção do Egito. Os sacrifícios significavam expiação e dedicação; as ervas amargas faziam lembrar da amargura da servidão egípcia; os pães ázimos simbolizavam a pureza (Lev.2:11).
Para os cristãos, a Páscoa simboliza a morte vicária (substitutiva, ou seja, Jesus morreu em nosso lugar para nossa redenção) e a ressurreição de Jesus Cristo, bem como a promessa de ressurreição para os que estão nele e 2a vinda (parousia).
Quando lemos a Bíblia em Êxodo 12:1-14 encontramos o registro inicial da instituição da Páscoa, que não tem apenas valor histórico para os judeus como o é também para a igreja do Senhor Jesus Cristo, além de ser um sinal tipológico para os dias de hoje que comemoramos a ressurreição de Cristo, o nosso expiador, libertador e nossa garantia de Vida Eterna.No trecho citado, que faz referencia à última praga sobre o Egito (morte dos primogênitos) o povo precisava preparar-se para enfrentar o juízo de Deus sobre aquele povo opressor. Eles precisavam de garantia de que não seriam destruídos. Que viveriam. Precisavam de um selo da parte do Senhor, como manifestação de sua misericórdia e livramento.Tanto o povo judeu quanto os egípcios eram pecadores e o Deus Santo, Eterno se manifestaria contra esta situação. Assim Deus instituiu que fosse preparado um sacrifício de um cordeiro -chamado de “Cordeiro Pascal”. Este cordeiro deveria ser sem mácula e imolado para que o sangue dele fosse colocado nas ombreiras e na verga da porta das casas.
Este sinal seria o suficiente para a garantia de que não haveria morte naquele lugar, naquela habitação. A destruição daquela noite atingiu a todos os primogênitos egípcios, pois não havia em suas casas o sinal de VIDA.
Com respeito aos judeus, onde fora colocado a marca -o sangue, o anjo da morte PASSOU POR CIMA e não destruiu, como Deus havia prometido.Jesus Cristo é o “cordeiro pascal” (João 1:29) que sem mácula (ele não pecou), foi levado como sacrifício vivo ao madeiro. (I Coríntios 5:7; Isaias 53:4-7; Hebreus. 9:11-14 e 28). Ele derramou o seu sangue para que houvesse purificação dos nossos pecados, a verdadeira expiação.
O seu sacrifício foi vivo e eficaz. De maneira semelhante ao que aconteceu no Egito, aqueles que te m os seus pecados purificados pelo poder do sangue de Jesus, e que seTornaram participantes deste sacrifício, O aceitando como Salvador e Senhor somente estes serão livres da condenação e da morte eterna. Somente estes serão livres do juízo de Deus. Estes terão a vida eterna, garantida pelo sacrifício de Jesus e por sua ressurreição.
1) Teria de ser sem mancha, sem defeito algum e teria que ficar quatro dias sendo observado até que no 14º dia de Nissan fosse finalmente sacrificado. Isso faz referência ao Mashiach, que também não deveria ter nenhum defeito, pecado, nem mancha alguma em sua vida. E que apesar de os homens ter procurado achar nele alguma mancha, culpa e ou pecado (Lc 11:53-54), todavia não conseguiram. (Jo. 8:46). D'us só aceitaria como resgate um sangue inocente

O CORDEIRO DE PÊSSACH
1) Teria de ser sem mancha, sem defeito algum e teria que ficar quatro dias sendo observado até que no 14º dia de Nissan fosse finalmente sacrificado. Isso faz referência ao Mashiach, que também não deveria ter nenhum defeito, pecado, nem mancha alguma em sua vida. E que apesar de os homens ter procurado achar nele alguma mancha, culpa e ou pecado (Lc 11:53-54), todavia não conseguiram. (Jo. 8:46). D'us só aceitaria como resgate um sangue inocente

O PÃO SEM FERMENTO (MATZÁ)
1) Durante um período de sete dias os israelitas eram proibidos de comerem ou terem em suas casas pão levedado ou fermentado, pois o chametz, fermento simboliza o pecado. Ex. 12:15. Nesses sete dias, celebravam a festa das matzot, dos pães asmos, que começava no 14º dia de Nissan no dia em que celebravam o Pêssach. Ex. 12: 18.



D'us ordenou aos israelitas que antes do dia 14 de Nissan, eles tirassem de dentro de suas casas tudo que fosse fermentado ou toda levedura (chametz) e durante sete dias comessem pão asmo (matzá). Isso é uma ordenança de D'us não só para os israelitas, mas também para toda raça humana tirar o pecado não apenas de suas casas (famílias), mas também do seu coração (centro da sua vida psíquica, da alma).

O fato da festa dos pães asmos (matzot) durar sete dias, fala da plenitude em servir e pertencer a D'us de todo o coração. Pois uma semana somente é completa ou plena quando tem sete dias. D'us não aceita uma oferta pela metade ou parcialmente.


OS CINCO CÁLICES COM VINHO

Os cinco copos ou cálices mencionados na Hagadá de Pêssach, como parte integrante do Sêder e o simbolismo de cada um deles, segundo a Hagadá:



Os judeus crêem que as quatro promessas de D'us em Ex. 6: 6,7 são representadas pelos cinco cálices com vinho, conforme descreveremos a seguir:

1) O primeiro cálice chama-se o copo da santificação (kos kidush) “Eu sou o eterno que te libertarei do jugo egípcio”. Ex. 6:6 (A Hagadá de Pêssach, pg 22).

2) O segundo cálice chama-se o copo da redenção. (kos g’ula). “Eu vos livrarei do seu jugo”. Ex: 6:6 (A Hagadá de Pêssach, pg 60).

3) O terceiro cálice chama-se o copo da bênção. (kos b’rachá) “Eu vos salvarei com braço estendido”. Ex. 6: 6 (A Hagadá de Pêssach, pg. 67).

4) O quarto cálice chama-se o copo da aceitação. (kos hartzaá) “Eu vos hei de tomar para serdes o meu povo”. Ex.6:7 (A Hagadá de Pêssach, pg 91).

5) O quinto cálice chama-se o copo de Eliahu, Elias.

As duas primeiras promessas falam da libertação e livramento de Israel.

Duas palavras que são usadas para expressar a mesma coisa em vários textos nas Escrituras, porém nesse caso, elas expressam duas situações distintas:

Libertarei da presente escravidão e livrarei da presente e da futura escravidão.

- A primeira promessa é tirarei (hotze’tiy) de debaixo do jugo, que, em português mais aprimorado é libertarei do jugo. Libertação aqui significa liberar alguém que está preso a algo;

- Já a segunda promessa é livrarei (hitzalttiy).

Livramento significa também preservar alguém de algo, que lhe prende no presente ou que poderia prendê-lo no futuro, à condenação à morte por exemplo. O povo israelita estaria preso ao jugo egípcio, não apenas no passado, mas também no futuro, se não fosse a intervenção divina.

- Já a terceira promessa fala da redenção e a palavra usada é resgatarei que significa comprar ou redimir, isto é, o ato de redenção de Israel. No original hebraico a palavra é (ga’alttiy) que significa resgatarei ou remirei.

- E a quarta promessa fala do ato de D'us tomar posse dos israelitas como sua propriedade exclusiva e também do ato do Senhor de tomar posse da terra prometida para o seu povo, a terra que emana leite e mel. Em hebraico (lakachttiy) que significa tomarei.

- E a quinta promessa, embora não tenha sido registrado no texto que D'us ordenou a Moshe, Moisés escrever sobre a instituição do Sêder de Pêssach, contudo nós sabemos que se encontra em grande parte das Escrituras, a qual fala da glorificação dos redimidos. (Tehilim, Salmos 91:15).

Se de fato os cálices com vinho representam essas promessas, então também poderiam ser chamados de:

1) LIBERTAÇÃO,

2) LIVRAMENTO,

3) REDENÇÃO

4) APROPRIAÇÃO

5) GLORIFICAÇÃO

O primeiro cálice fala da redenção do espírito do homem (metafísico);

O segundo cálice fala da redenção da alma do homem (metafísico);

O terceiro cálice fala da redenção do corpo do homem, bem como, de todas as coisas físicas criadas;

O quarto cálice fala de D'us tomando posse do homem como propriedade redimida, como também tomando posse do próprio planeta e de toda criação como promessa dada aos redimidos para implantar o reino de D'us.

E o quinto cálice fala da glorificação dos redimidos já de posse da terra prometida, a saber da Nova Jerusalém, a qual é anti-tipo da Jerusalém terrestre.

Tudo isso foi prefigurado no passado pela terra prometida, a Canaã, a terra que emana leite e mel, reservada para os israelitas viverem exclusivamente para servir ao Senhor.

A ordem das etapas da redenção, representada pelos cálices, significa que D'us começa o processo da redenção pelo próprio homem depois da queda de Adão e Eva. E isso, do interior para o exterior, isto é, partindo do espírito para a alma e finalmente o corpo. Esta mesma redenção se estende às coisas físicas criadas por Ele.

“Redimir é comprar de volta algo que o legítimo dono perdeu. Uma possessão adquirida, portanto, não era um bem permanente, mas estava sempre sujeito à redenção. Aquele que adquirisse um bem não podia ficar tranqüilo quanto a posse do mesmo e quanto a garantia dos herdeiros. Nunca se sabia em que momento algum parente do antigo proprietário se apresentaria com o preço da redenção, que equivalia ao aluguel dos meses que restavam até a data do jubileu quando as terras seriam devolvidas automaticamente ao herdeiro original. (Lv. 25:27,28). As terras adquiridas, portanto, eram temporárias e jamais perpétuas. Somente a possessão herdada era segura. O processo de restauração das terras aos seus legítimos herdeiros era chamado de redenção e o parente que as resgatava era chamado de remidor ou redentor. Todo esse processo tipificava a grande redenção de todo o planeta. A Terra ainda não foi redimida, mas já recebemos o Espírito de D'us, a certeza do cumprimento da promessa de D'us relativa à nossa herança até que se realize a redenção da possessão adquirida”.

O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA
O maior motivo de comemoração para os cristãos é o dia em que seus pecados foram perdoados, o dia em que o homem foi comprado por um preço muito alto e esse preço foi a vida do próprio filho de Deus, que morreu para que todos pudessem ter vida eterna através dEle. Ele morreu, mas também ressuscitou, e esse é o nosso maior motivo de orgulho.


“Ele nos resgatou do poder das trevas e nos trasladou para o reino do seu Filho muito amado,”
Colossenses 1.13

“Em verdade, em verdade vos digo que o que ouve a minha palavra e crê aquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entra em juízo, pelo contrário já passou da morte para a vida.”
João 5. 24

“com a esperança de que eu mesmo seja ressuscitado da morte para a vida”
Filipenses 3:11

“E também não entreguem nenhuma parte do corpo de vocês ao pecado, para que ele a use a fim de fazer o que é mau. Pelo contrário, como pessoas que foram trazidas da morte para a vida, entreguem-se completamente a Deus, para que ele use vocês a fim de fazerem o que é direito.”
Romanos 6:13


Ap Jorge Luiz